o0o A Companhia de Artilharia 3514 foi formada/mobilizada no Regimento de Artilharia Ligeira Nº 3 em Évora no dia 13 de Setembro de 1971, fez o IAO na zona de Valverde/Mitra em Dezembro desse ano o0o Embarcou para Angola no dia 2 de Abril de 1972 (Domingo de Páscoa) num Boeing 707 dos Tams e regressou no dia 23 de Julho de 1974, após 842 dias na ZML de Angola, no subsector de Gago Coutinho, Província do Moxico o0o Rendemos a CCAÇ.3370 em Luanguinga em 11 de Abril de 1972 e fomos rendidos pela CCAÇ.4246 na Colina do Nengo em Junho de 1974. Estivemos adidos em 72/73 ao BCav.3862 e em 73/74 ao BArt.6320 oOo O efectivo da Companhia era formada por 1 Capitão Miliciano, 4 Alferes Mil, 2 1º Sargentos do QP, 15 Furriéis Mil, 44 1º Cabos, 106 Soldados, num total de 172 Homens, entre os quais 125 Continentais, 43 Cabo-Verdianos e 4 Açorianos» oOo

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Noticias de Lumbala Nguimbo

Do nosso Amigo LJM, correspondente na antiga vila do leste de Angola. Tenho a lhe informar a matéria que o Senhor procurou do estado do Cemitério da ex-Vila de Gago Coutinho. O cemitério municipal de Lumbala-Nguimbo passou por várias situações desoladoras. Depois da independência foi usado pelos munícipes até em 1982, data da tomada do Município pelas tropas da UNITA, o local ficou desértico, foi usado pelas forças militares do Savimbe para esconderem as suas baterias antiaérea. Em 1992, aquando da implementação dos acordos da Paz de Bicesse o lugar teve algum momento de uso, mas não por muito tempo, devido ao seu estado de degradação, as autoridades locais arranjaram outra opção para enterrar os mortos fora do cerco, enquanto duraram as hostilidades, mas foi abandonado definitivamente a partir de 1998. Depois da chegada da paz definitiva em 2002, não se voltou a usar mais o cemitério, excepto em 2012, ano do enterro, dentro do cerco, do Príncipe do Rei dos Mbundas, mas a área continua desolada com falta de limpeza e conservação, apesar de agora ser  lugar de sepultamento, sómente dos elementos que fazem parte da corte real, estão ai sepultados os restos mortais do Regedor Nkalavanda e do Soba Catchana do famoso ex-bairro dos Musseque do tempo colonial.
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Estado do Cemitério dos Bundas em 2015
Quando aos restos mortais dos  Militares Portugueses tombado durante a guerra colonial, eles jazem ai em melhores condições. Se uma vez as autoridades Portuguesas ou os familiares dos falecidos pensar vir exumar, seus Heróis, será fácil o reconhecimento pois as campas continuam identificadas. É tudo que eu tinha a reportar sobre o estado do antigo talhão militar do cemitério e das campas com os restos mortais dos ex-combatentes portugueses,  envio esta imagem do estado  do cemitério dos Bundas. O Sr. Caioia, quero informar que já é falecido, morreu na África do Sul o ano passado pertencia ao Batalhão Búfalo, só tem família aqui nos Bundas. Depois vamos conversar, darei um muzimbu detalhado. Recebam aquele abraço do amigo que associa as vossas saudades, esperamos que o próximo evento de confraternização de mês de Maio de todo pessoal da CART  tenha sucesso.
Muito obrigado.
Atenciosamente
L.J.M

terça-feira, 19 de maio de 2015

Faleceu Carlos Alberto Martins Diogo


Faleceu Carlos Alberto Martins Diogo no dia 07 de Abril, ex. Furriel Miliciano Vago Mestre da Cart, 65 anos de idade, nascido em 1950, natural e residente na cidade de Tomar. Soubemos ontem da partida de mais este amigo de muitas jornadas, que eu muito prezava pelo seu carácter e amizade iniciada em Évora onde o conhecí, recordo aqui com saudade, as muitas viagens de fim de semana no seu velhinho carocha a caminho de casa, autenticas aventuras, naquela estrada sinuosa de Coruche para Almeirim, onde sempre fazíamos uma paragem obrigatória, na ida e na volta. Em nome de todos os camaradas "Panteras Negras", queremos associar-nos e deixar uma palavra de carinho aos Filhos, Esposa e restantes Familiares, expressar  a nossa tristeza e solidariedade, com os nossos mais sinceros votos de pesar. Queremos  reafirmar mais uma vez, que o Carlos Alberto Martins Diogo e todos os outros camaradas que partiram na frente serão sempre lembrados até que, a nossa memória se extinga.
Adeus até ao meu regresso