o0o A Companhia de Artilharia 3514 foi formada/mobilizada no Regimento de Artilharia Ligeira Nº 3 em Évora no dia 13 de Setembro de 1971, fez o IAO na zona de Valverde/Mitra em Dezembro desse ano o0o Embarcou para Angola no dia 2 de Abril de 1972 (Domingo de Páscoa) num Boeing 707 dos Tams e regressou no dia 23 de Julho de 1974, após 842 dias na ZML de Angola, no subsector de Gago Coutinho, Província do Moxico o0o Rendemos a CCAÇ.3370 em Luanguinga em 11 de Abril de 1972 e fomos rendidos pela CCAÇ.4246 na Colina do Nengo em Junho de 1974. Estivemos adidos em 72/73 ao BCav.3862 e em 73/74 ao BArt.6320 oOo O efectivo da Companhia era formada por 1 Capitão Miliciano, 4 Alferes Mil, 2 1º Sargentos do QP, 15 Furriéis Mil, 44 1º Cabos, 106 Soldados, num total de 172 Homens, entre os quais 125 Continentais, 43 Cabo-Verdianos e 4 Açorianos» oOo

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Noticias de Lumbala Nguimbo

Igreja de S. Bonifácio reinaugurada
Os fiéis católicos de Lumbala-Nguimbo ganharam, neste domingo, uma nova paróquia com capacidade para mais de 300 pessoas sentadas, inaugurada pelo arcebispo de Saurimo (Lunda Sul), Dom Manuel Imbamba. O templo da missão, denominada São Bonifácio, foi inaugurada em Outubro de 1953 e as obras de ampliação tiveram a duração de nove meses, financiadas pelo Governo provincial, administração municipal dos Bundas, parceiros sociais e apoios dos fiéis. Ao falar na homília, o arcebispo dom Manuel Imbamba disse que é grande a gratidão com que a comunidade católica celebrou o evento, por receberem uma casa de Deus que vai ajudar a fortificar o evangelho de Cristo na região. Segundo ele, a paróquia está devidamente renovada em todos os aspectos, para proporcionar a graça e a salvação de Deus. 
Igreja de S. Bonifácio reinaugurada no passado domingo após obras.
 Acrescentou que a Igreja além de espelhar a arte, a beleza arquitectónica, artística e as pedras mortas, espelha sobretudo a beleza da nova comunhão e das pedras vivas que visam implorar à Deus tudo aquilo que os fiéis precisam para o cumprimento da fé. Em sua óptica, a igreja é um edifício, um lugar propício e um lugar privilegiado onde os fiéis reúnem, corrigem, comprometem e exigem a mudança e alimentam a sua fé, para caminharem sempre de acordo com a vontade do Senhor. Na ocasião, o prelado católico exortou aos fiéis a fazerem do referido templo um lugar onde todos acorrem para que Deus os ajude, orienta e dê a luz que precisam para puderem fazer boas escolhas, bons discernimentos e poderem caminhar conforme o querer de dele.
 Igreja de S. Bonifácio de novo ao serviço dos fiéis, (destruida na guerra civil de Angola)
Manuel Imbamba disse ainda que “a igreja é a casa onde os fiéis procuram o sacramento e aqueles sinais visíveis que nos ajudam a estarmos sempre a brilhar como filhos e filhas de Deus, onde se celebra a eucaristia para alimentar a fé e fortificar o evangelho de Deus. Advertiu que a igreja nunca deve ser uma casa da desordem, de desunião, da intolerância e de situações odiosas que levam os fiéis a viver de costas viradas para com Deus e para com os irmãos, mas sim é a casa onde cada um se sinta amado por Deus. Assistiram a cerimónia, membros do governo provincial, da administração municipal, autoridades tradicionais, fiéis católicos e a população em geral.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Noticias de Lumbala Nguimbo

Antiga Vila Gago Coutinho - O comércio fronteiriço entre os municípios dos Bundas em Angola e as localidades do Kalapu e Mungu na Zâmbia, está a crescer e melhorar significativamente, apesar de alguns constrangimentos na transportação de mercadorias por via fluvial, constatou esta quinta-feira, a Angop no local. No Porto fluvial do Mussuma-Ponte, na parte angolana atracam quatro a cinco canoas a motor por dia, trazendo a bordo mercadorias diversas, com destaque para bens alimentares, roupas de diferentes qualidades e origens,  bem como outros produtos industriais. As canoas de 15 metros de comprimento e dois de largura transportam da Zâmbia 15 toneladas de diferenciadas mercadorias e dez a 20 passageiros a abordo, percorrendo 75 quilómetros das localidades zambianas acima citadas até ao Porto fluvial do Mussuma-Ponte 10 kms a sul de Lumbala Nguimbo, sede municipal dos Bundas.
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Porto Fluvial do Mussuma-Ponte
Rebeca Jinguissa, uma das angolanas interpeladas na altura que estava a embarcar para o Mungu, explicou que durante a viagem encontram muitos obstáculos, superados quase sempre, devido a experiência dos tripulantes das canoas. “A viagem de Angola à Zâmbia demora quatro a cinco dias, devido ao aumento do caudal dos rios neste tempo chuvoso” disse a comerciante angolana, “mas da Zâmbia para Angola, com a carga faz-se uma a duas semanas, sobretudo, no tempo seco”, acrescentou. O responsável do Posto Fiscal, no Mussuma-Ponte, inspector chefe Naúma Fio, reconheceu as dificuldades que os passageiros têm que ultrapassar durante o percurso. “Há vezes que o combustível (gasolina) acaba antes de chegarem ao destino”,  disse. Referindo-se ao funcionamento do posto, manifestou a insuficiência de efectivos para o controlo eficiente de toda extensão fronteiriça, de forma a evitar que os utentes destes meios escapem ao fisco das autoridades policiais e migratórias. Actualmente existem apenas 12 elementos e são necessários outros dez,  dada a vasta fronteira que o município dos Bundas partilha com a província do Oeste (Zâmbia), onde muitos rios com as nascentes no território nacional desembocam naquele país vizinho,  tendo igualmente apontado a falta de meios de comunicação. O Porto fluvial do Mussuma-Ponte é porta de entrada de cidadão Zambianos e Zimbabweanos, além de angolanos, que trazem consigo diversos produtos que são comercializados em muitos pontos da província do Moxico. Bundas é um dos municípios que faz fronteira com a Zâmbia, a par do Alto-Zambeze, tem a sua sede na Vila de Lumbala-Nguimbo, baptizada de Vila “Gago Coutinho”,  pelo regime colonial português, desde princípios do século passado até à data da independência.
  • AngolaPress
  • quarta-feira, 8 de maio de 2013

    Noticias de Lumbala Nguimbo

    A Administração Municipal dos Bundas aposta nos sectores social e económico intensificando este ano diversas acções no sector social, para melhorar as condições de vida das populações locais, afirmou hoje, o seu administrador, José Miguel Mandunda. Em declarações à Angop, o responsável fez saber que, no âmbito do programa municipal integrado para o desenvolvimento rural e de combate à pobreza, foram gizadas acções que contemplam a construção de uma escola primária, na povoação do Luio, esquadra policial e residência para o comandante comunal de Luvuei. 
    Na povoação do Nengo, a administração projectou construir uma  escola primária, no Ninda e Sessa, um centro de saúde com capacidade para 30 camas e a respectiva residência para os enfermeiros. Quanto ao sector da agricultura, José Mandunda anunciou a construção de um armazém para a conservação de produtos agrícolas, na comuna de Luvuei, e aquisição antecipada de imputs e sementes agrícolas para a próxima campanha, bem como incentivar os camponeses a criarem associações para terem acesso ao crédito agrícola.
    Satisfeito pela reabilitação e ampliação da estrada que liga a sede municipal à cidade do Luena, disse que a sua conclusão, em 2014, irá melhorar a fluidez na circulação de pessoas e consequente escoamento de produtos de campo para os maiores centros de consumo. Quanto às estradas que ligam Lumbala Nguimbo com as comunas, disse que o maior constrangimento era chegar às comunas do Sessa, mas a administração, no quadro do programa municipal integrado, conseguiu repor duas pontes sobre o rio Lucula e sete pontecos na estrada que liga à comuna do Mussuma.
    No capítulo de energia e águas, José Mundunda explicou que apenas a sede do município possui um grupo gerador que permite a iluminação pública e domiciliar na vila e bairros periféricos, ao passo que o sistema de captação, tratamento e distribuição de água instalado em 2011 funciona regularmente.  
  • AngolaPress
  • segunda-feira, 6 de maio de 2013

    Milicianos, Os Peões das Nicas

    Escrito deixado em Luanguinga pelo CMDT da Companhia de Caçadores 3370, que rendemos em Abril de 1972 - (E depois desta, outras obras se farão por outros Homens que fechando os olhos á cor da pele, construirão essas casas e viverão em comunidade segundo as leis que eles própios criaram, e o que dantes era nada, depois de ser alguma coisa tem possibilidade de ser tudo e podes estar certo soldado de que esses homens jamais esquecerão que foste tu o verdadeiro agente desta obra quando, humildemente assentaste a primeira pedra dos alicerces desta casa. O CMDT da C.CAÇ. 3370 - Rui Neves)
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    Luanguinga 1972 - Bernardino Careca na entrada das Trms
    Rui Neves da Silva, foi mobilizado pelo BC10-Chaves e formou uma subunidade de infantaria, com destino ao reforço da guarnição normal da RMA; em 15Mai71 embarcou no NTT "Vera Cruz" rumo a Luanda, como capitão miliciano comandante da CCaç.3370; após desembarque seguiu para o sudoeste de Angola, aquartelando em Luanguinga no sub-sector de Gago Coutinho (onde reencontrou o capitão Melo Antunes comandante de duma Cart do Bart 3835, e conheceu o alferes miliciano Lobo Antunes, médico do mesmo batalhão ali estacionado) após intensa actividade operacional, regressou, sem baixas de nota na sua subunidade. O seu primeiro contacto com a arte literária ocorreu em 1958, quando publicou clandestinamente um opúsculo onde, criticava o establishment na instituição de ensino que então frequentava. Mais tarde escreveu sob pseudónimos diversos, para a extinta Agência Portuguesa de Revistas, dezenas de livros que ele próprio desde sempre caracterizou como literatura de sobrevivência, depois em 2007 o ingresso a séria no mundo literário com a publicação de: Nós, os que sobreviveram à guerra e à indiferença a que depois nos votaram, somos os remorsos vivos dos responsáveis pelo tempo perdido e pelos sofrimentos passados em terras que depois reconheceram, mas tarde de mais, que afinal não eram nossas em - Milicianos, Os Peões das Nicas -