o0o A Companhia de Artilharia 3514 foi formada/mobilizada no Regimento de Artilharia Ligeira Nº 3 em Évora no dia 13 de Setembro de 1971, fez o IAO na zona de Valverde/Mitra em Dezembro desse ano o0o Embarcou para Angola no dia 2 de Abril de 1972 (Domingo de Páscoa) num Boeing 707 dos Tams e regressou no dia 23 de Julho de 1974, após 842 dias na ZML de Angola, no subsector de Gago Coutinho, Província do Moxico o0o Rendemos a CCAÇ.3370 em Luanguinga em 11 de Abril de 1972 e fomos rendidos pela CCAÇ.4246 na Colina do Nengo em Junho de 1974. Estivemos adidos em 72/73 ao BCav.3862 e em 73/74 ao BArt.6320 oOo O efectivo da Companhia era formada por 1 Capitão Miliciano, 4 Alferes Mil, 2 1º Sargentos do QP, 15 Furriéis Mil, 44 1º Cabos, 106 Soldados, num total de 172 Homens, entre os quais 125 Continentais, 43 Cabo-Verdianos e 4 Açorianos» oOo

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O Morteiro 81

S. Miguel 16 Agosto 2011
De João Medeiros
Corria o mês de Janeiro ou Fevereiro de 1973, estávamos nos acabamentos finais do destacamento na Colina do Nengo, quando o Manuel Cardoso da Silva entrou na messe, vinha todo ardido, porque o Capitão num dos seus dias de mau humor, apertou com ele sobre a logística da defesa do destacamento, no qual as armas pesadas tinham uma preponderância primordial ( Posição das Metralhadoras pesadas, e do Morteiro 81 ). As Metralhadoras seriam montadas nas torres dos postos de sentinela em cantos opostos e o Morteiro 81 ficaria posicionado ao fundo do destacamento sobre o canto esquerdo entre a Messe e a estrutura do Comando. O Manuel na sua maneira característica de falar quando estava irritado dizia f…-.. agora tenho de abrir ali um buraco para por a merda do Morteiro e fazer um plano de tiro.
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O Cap. Rui Crisóstomo, Carlos M. Monteiro, Parreira, Pimenta, Paulo Ribeiro, Diogo, e na piscina Medeiros e Cardoso da Silva
Quanto ao plano de tiro, a malta no gozo dizia-lhe que a melhor maneira de o elaborar era fazer uns tiros com o morteiro e depois ir á procura das crateras onde as morteiradas tinham caído, tirava as coordenadas e assim tinha um plano de tiro garantido. Imagine-se o que ele não disse e eu lembro-me. Bom, mas isto foi a parte fácil da tarefa, porque o mais difícil era abrir a cova para instalar o Morteiro e encher as sacas de areia para protecção em volta da cova (ninho). Bem, pessoal para abrir a cova está quieto, voluntários não havia, porque os homens de armas pesadas estavam distribuídos pelos pelotões, tal como os enfermeiros e transmissões, etc.
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Medeiros e Cardoso da Silva a "desafogar" o Morteiro
O Manuel já se via a ter de abrir a cova sozinho, com um ou outro homem e tinha de cumprir prazos por causa da ameaça de ter de ir para o mato. Mas lá conseguiu fazer o essencial para se ter um morteiro 81 instalado com todos os erres e esses (cova com diâmetro x , altura y, sacos de areia em volta, munições, mira montada, níveis, lona de cobertura e protecção do equipamento etc.)
Quando acabou o trabalho ao fim do dia o nosso capitão que pernoitava em Gago Coutinho foi embora e nós fomos tomar umas cervejas como de costume e o Manuel consolou-se a desabafar.No dia seguinte tudo corria ás mil maravilhas, na messe ao almoço como de costume era bocas para um lado e para o outro e quando menos se esperava caiu uma pancada de água como era próprio da época, um autêntico dilúvio.
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Medeiros e Cardoso da Silva a pescar granadas
Saímos da messe, cada um para os seus lugares, o Monteiro das transmissões disse-me, oh Medeiros o Morteiro está inundado ..! Fui ter com o Manuel e disse-lhe, ele não acreditou e mandou-me para longe, lá insisti e ele foi verificar. O resto vocês imaginam, o nosso Capitão foi observar e não comentou nada porque o ambiente não estava agradável. O Manuel lá desmontou a arma, limpou, lubrificou e guardou o morteiro em lugar seguro e até à chegada dos Maçaricos nunca mais se falou no Morteiro 81.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Noticias de Lumbala Nguimbo

Placa Toponímica
O governador do Moxico, João Ernesto dos Santos "Liberdade", visitou na quarta-feira, as obras de impacto social, na comuna de Luvuei, município dos Bundas, em sequência da deslocação iniciada segunda-feira na circunscrição a sul do Luena. O dirigente começou por inspeccionar a construção do sistema de captação, tratamento e distribuição de água potável, escola primária com capacidade de quatro salas de aulas, centro de saúde e uma residência para funcionários da educação e saúde. Na comuna do Lutembo, avaliou a construção de uma escola T4, bem como o sistema de captação, tratamento e distribuição de água à população daquele conselho administrativo. Visita à comuna do Mussuma Mitete, constam da agenda do governante, que igualmente vai constatar a edificação de infra-estruturas administrativas e sociais em construção no âmbito do programa de melhoria e ofertas serviços básicos à população. Durante a sua estada na vila de Lumbala-Nguimbo, inaugurou duas pontes de madeira sobre rio Lucula, na estrada que liga a sede do município, à comuna de Sessa. (Caminho que liga os Bundas a Cangamba no municipio dos Luchazes) As obras estão enquadradas no Programa Municipal Integrado de Desenvolvimento Rural e de Combate à Pobreza. Ainda no Lumbala-Nguimbo, o governador e os membros do governo provincial que o acompanham vão assistir às comemorações do 3º aniversário de empossamento do "rei" Mwe Mbandu III, soberano do grupo etnolinguístico Mbundas, a assinalar de 11 a 12 deste mês, e reunirão também com a Administração Municipal.
AngolaPress

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Parque Nacional do Mussuma

Placa Toponímica
A Ministra do Ambiente, Maria de Fátima Jardim anunciou a criação do Parque Nacional do Mussuma, no Município dos Bundas, numa zona transfronteiriça que servirá de circulação dos animais dentro da área de conservação entre Angola e a Zâmbia. Informou no Moxico, que o país conta com 13 áreas de conservação de espécies da fauna e flora, que cobrem uma extensão de 82.272 kms². As zonas físico-climáticas de que dispõe Angola resultam numa grande diversidade de animais e vegetação, multiplicidade que coloca o país num dos mais ricos desta região austral do Continente Africano em termos de fauna e flora.  
Manada de Palancas vermelhas
As 13 áreas de conservação de espécies da fauna e flora em Angola são o Parque do Iona (Namibe, o maior do país, com 15.150 km²), Parque da Kameia (Moxico, segundo do país, com 14.450 kms²), Parque de Quissama (Bengo-Luanda), Parque de Cangandala (Malanje), Parque do Bicuar (Huíla), Parque do Mupa (Cunene) e Parque regional de Cimalavera (Benguela). As reservas naturais, integrais e parciais são as do Luando (Malanje), de Ilhéu dos Pássaros (Luanda), Luiana (Kuando Kubango), de Búfalos (Benguela), Natural do Namibe e de Mavinga (Kuando Kubango)
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