Botelho na Secretaria do Comando |
Mas, pondo de parte esta introdução, que não quero muito longa, vou entrar, de imediato, na evocação de algumas ocorrências passadas durante a nossa permanência na ZML/RMA, nomeadamente, a quando da construção do Destacamento do Nengo, esteve a CArt 3514 sedeada em Gago Coutinho, nas instalações do BCAV” Cavalo Branco”.
Para ajudar a essa evocação, socorri-me da imagem que ilustra este “post” e na qual estou eu representado. Encontro-me no meu posto de trabalho e no cumprimento da minha missão, sentado atrás da secretária, no arquivo da Companhia, onde tratava e dirigia muitos assuntos, tanto oficiais como particulares de todos vós sem excepção.
Nesta missão, era auxiliado pelos Chefes dos serviços respectivos, como fossem o da Alimentação, o do Serviço de Saúde, o do Serviço de Material, o da Intendência e o das Trms. De todos estes Chefes, os que dependiam mais de mim, pois trabalhávamos em sintonia e colaboração eram os Chefe do serviço de Alimentação e o da Intendência.
Ao meu exclusivo cargo, ficava a Administração (Ordenados, Vencimentos e Pré) e toda a correspondência trocada com as Chefias dos Serviços respectivos, tanto do Sector do Luso como da RMA.
Tratava também de assuntos particulares dos militares, prestando-lhes apoio dentro das possibilidades. Em todos estes assuntos tinha um excepcional apoio e precioso auxiliar no meu “braço direito”, o meu competente Escriturário António Carrusca, que, quando o serviço apertava mais, sempre conseguia arranjar uns “ajudantes” extras, para o desenrasca e, até eu, muitas vezes o ajudei!...
Naquele mesmo local em que está colocada aquela secretária, recebi” boas” e “más” novas e, as mais marcantes, por incrível que pareça, são as “ más”. Lembro-me, como se fosse hoje, daquele fatídico dia 23AGO72, em que, num acidente de viação, faleceu um dos nossos camaradas. Não vou citar-lhe o nome, por desnecessário, por ser sabido de toda a gente e, além do mais, ter sido já lembrado na altura apropriada, neste mesmo “blogue” e por mim.
Apesar disso tudo, é-nos muito grato evocar este e outros acontecimentos e que, sem qualquer outro motivo, que não o da saudade e nostalgia, nos levam e recordar tais acidentes históricos e que não são produto de qualquer “ficção de cordel”.
Este já está a ficar longo e como não quero tornar-me aborrecido e maçador, vou terminar, enviando cordiais saudações aos colaboradores deste blogue, a todos os restantes elementos da família “Panteras Negras” e familiares e para todos os nossos “visitantes”, onde quer que se encontrem.
Para todos, um abraço e um “até breve” do Camarada e Amigo.
Botelho
Botelho
Com um cofre desse tamanho, só faltava mesmo uma secretária moderna, mesmo dessas fardadas e uma a máquina de café.
ResponderEliminarCarvalho
Se a nossa guerra tivesse decorrido nos dias de hoje, seria muito provável ter tido uma Escriturária fardada, em vez de um Escriturário, como tive. Quanto à máquina de café, tal também não seria impossível, mas seria um luxo exagerado e despropositado numa "estância turística" de tão baixa categoria como era o Nengo
ResponderEliminarUm abraço
Botelho