"O Caióia gritou oh sinhô Beja, oia oia um Sengue"
Uma manhã regressávamos de Gago Coutinho pela picada velha na chana do Mussuma, quando alguém reparou num lagartão que fugia no meio do capim, abrigando-se numa pequena toca com a cauda de fora, quando lhe pegamos no rabo e o puxamos para fora o animal parecia morto sem reacção alguma, metemos-lo dentro dum saco de serapilheira e levamos para o destacamento do Nengo, onde despertou muita curiosidade, os cães não se chegavam, e o animal depois de solto refugiou-se na placa central do destacamento, onde nessa alturas as flores e os arbustos muito viçosos e frescos lhe deram guarida durante uns meses.
Serafim Gonçalves |
Só de noite se atrevia a sair do esconderijo, procurando restos de comida no chão do refeitório, e por fim começou a trepar para as mesas virando panelas e tachos, á procura de pitéus, chegando mesmo a provocar alguns medos aos sentinelas, do posto adjacente ao paiol, com o barulho da loiça a cair no chão da cozinha ás tantas da madrugada. Quando o apanhávamos para uma secção fotográfica ou mostrar a alguém, bastava pegar-lhe na cauda e o animal entrava em estado letárgico, não sei se por mânha ou por stress, ficava inerte, chegou a desaparecer por alguns dias mas voltava sempre, até que um dia foi de vez
Manuel Parreira |
Varano da Savana vive junto a linhas de água, pode atingir 2 metros de comprimento, sendo assim, dos maiores sáurios africanos. Estes répteis têm o corpo robusto e patas possantes com fortes garras e a cauda preênsil, comprida e achatada lateralmente. A pele tem cor esverdeada, com manchas amarelas distribuídas num padrão mais ou menos regular, têm a língua bifurcada, que serve, conjuntamente com o órgão de "Jacobson," para a obtenção de informações olfactivas sobre o meio envolvente. Estes répteis diurnos são geralmente vistos a aquecerem-se ao sol, sobre rochas ou ramos; durante a noite procuram abrigo em tocas. Pilham frequentemente os ninhos de tartarugas e de jacaré, para se alimentarem dos ovos, comem de tudo inclusive cadáveres putrefactos. São aquáticos, que nadam e mergulham com facilidade, podendo submergir durante mais de 20 minutos. Em caso de ameaça refugiam-se dentro de água ou atacam com violência usando a cauda; como postura de intimidação arqueiam o dorso, emitem uma espécie de assobio e abanam a cauda lateralmente.
inf. wikipédia
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