o0o A Companhia de Artilharia 3514 foi formada/mobilizada no Regimento de Artilharia Ligeira Nº 3 em Évora no dia 13 de Setembro de 1971, fez o IAO na zona de Valverde/Mitra em Dezembro desse ano o0o Embarcou para Angola no dia 2 de Abril de 1972 (Domingo de Páscoa) num Boeing 707 dos Tams e regressou no dia 23 de Julho de 1974, após 842 dias na ZML de Angola, no subsector de Gago Coutinho, Província do Moxico o0o Rendemos a CCAÇ.3370 em Luanguinga em 11 de Abril de 1972 e fomos rendidos pela CCAÇ.4246 na Colina do Nengo em Junho de 1974. Estivemos adidos em 72/73 ao BCav.3862 e em 73/74 ao BArt.6320 oOo O efectivo da Companhia era formada por 1 Capitão Miliciano, 4 Alferes Mil, 2 1º Sargentos do QP, 15 Furriéis Mil, 44 1º Cabos, 106 Soldados, num total de 172 Homens, entre os quais 125 Continentais, 43 Cabo-Verdianos e 4 Açorianos» oOo

domingo, 21 de novembro de 2010

Varano da Savana

"O Caióia gritou oh sinhô Beja, oia oia um Sengue"
Uma manhã regressávamos de Gago Coutinho pela picada velha na chana do Mussuma, quando  alguém reparou num lagartão que fugia no meio do capim, abrigando-se numa pequena toca com a cauda de fora, quando lhe pegamos no rabo e o puxamos para fora o animal parecia morto sem reacção alguma, metemos-lo dentro dum saco de serapilheira e levamos para o destacamento do Nengo, onde despertou muita curiosidade, os cães não se chegavam, e o animal depois de solto refugiou-se na  placa central do destacamento, onde nessa alturas as flores e os arbustos muito viçosos e frescos lhe deram guarida durante uns meses.
Serafim Gonçalves
Só de noite se atrevia a sair do esconderijo, procurando restos de comida no chão do refeitório, e por fim começou a trepar para as mesas virando panelas e tachos, á procura de pitéus, chegando mesmo a provocar alguns medos aos sentinelas, do posto adjacente ao paiol, com o barulho da loiça a cair no chão da cozinha ás tantas da madrugada. Quando o apanhávamos para uma secção fotográfica ou mostrar a alguém, bastava pegar-lhe na cauda e o animal entrava em estado letárgico, não sei se por mânha ou  por stress, ficava inerte, chegou a desaparecer por alguns dias mas voltava sempre, até que um dia foi de vez
Manuel Parreira
Varano da Savana vive junto a linhas de água,  pode atingir 2 metros de comprimento, sendo  assim, dos maiores sáurios africanos. Estes répteis têm o corpo robusto e patas possantes com fortes garras e a cauda preênsil, comprida e achatada lateralmente. A pele tem cor esverdeada, com manchas amarelas distribuídas num padrão mais ou menos regular, têm a língua bifurcada, que serve, conjuntamente com o órgão de "Jacobson," para a obtenção de informações olfactivas sobre o meio envolvente. Estes répteis diurnos são geralmente vistos a aquecerem-se ao sol, sobre rochas ou ramos; durante a noite procuram abrigo em tocas. Pilham frequentemente os ninhos de tartarugas e de jacaré, para se alimentarem dos ovos, comem de tudo inclusive cadáveres putrefactos. São aquáticos, que nadam e mergulham com facilidade, podendo submergir durante mais de 20 minutos. Em caso de ameaça refugiam-se dentro de água ou atacam com violência usando a cauda; como postura de intimidação arqueiam o dorso, emitem uma espécie de assobio e abanam a cauda lateralmente.
inf. wikipédia

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