Trilhos e rotas de infiltração dos guerrilheiros IN, (MPLA UNITA e FLNA) no sector do Moxico e bases de apoio na Zâmbia junto á fronteira leste de Angola no inicio da década de 70.
A Rota Agostinho Neto constituiu a grande operação do MPLA no Leste de Angola, após ter obtido o apoio da Zâmbia para ali instalar bases militares, o MPLA pretendeu ligar a sua 3ª Região Militar, o Leste, à sua 1 ª Região Militar, o Norte, progredindo primeiro ao longo do caminho de ferro e depois em direcção a Malanje. Nesta operação o MPLA empenhou as suas melhores forças e comandantes e foi ao longo desta «Rota» que se desenvolveram os grandes combates entre aquele movimento e as forças portuguesas da Zona Militar Leste. Nos primeiros meses de 1970, o MPLA concentra esforços no Leste de Angola, procura abrir um corredor em direcção ao Norte através do Planalto Central, coração económico da província e importante região estratégica, designa os melhores chefes militares, Petroff e Iko Carreira.
"General Costa Gomes"
A investida do MPLA no Leste de Angola, a partir de bases na Zâmbia, coincide com a nomeação do General Costa Gomes para substituir o General João Anacoreta de Almeida Viana, oriundo da Força Aérea, como Comandante Chefe desde 1967, e altera todo o dispositivo militar ao transferir o centro de operações do norte para leste de Angola, esta reviravolta obrigou à criação da Zona Militar Leste (ZML)
"General Bettencourt Rodrigues"
Costa Gomes entregou o comando da Zona Militar Leste ao General Bettencourt Rodrigues que conhecia bem a guerra, que se travava em África, ainda como major, em 1962, desempenhou o cargo de Chefe do Estado Maior da Região Militar de Angola, em que reorganizou as forças portuguesas e contribuiu para a criação dos primeiros grupos especiais de Comandos.
"Vitória a Leste...!!"
Com Costa Gomes, estrategista de mérito, as forças militares tinham pela primeira vez na história da guerra em Angola um objectivo claramente definido, evitar que o Planalto Central fosse flagelado. Regressou à Metrópole, em meadas de 1972, para o cargo do chefe do Estado Maior General das Forças Armadas. Deixou as tropas portugueses à beira da vitória em Angola, e para surpresa o uso de cavalos no teatro de operações no Leste de Angola, embora fossem recrutas africanos os primeiros a experimentar o excelente meio de transporte. A explicação está na origem étnica, para a companhia inicial recrutaram-se Cuanhamas e Cumatos, no Sul do país. Eram guerreiros e nómadas os Africanos do leste tinham vida sedentária e medo das gungas, a escolha do tipo de cavalos utilizados nas operações no Leste de Angola foi feita na Argentina em 1970, com 225 cavalos que se revelaram muito bons. Uma curisiosidade os animais nunca eram ferrados para se movimentarem melhor no terreno arenoso.
Em 1973 fruto da acção militar portuguesa e de dissidências internas as forças do MPLA estavam numa posição defensiva, sem haverem alcançado o seu objectivo...!!
(informação, Dossiers Militares)
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