Há dias o João num artigo aqui publicado, constatava que as visitas ao blog o deixavam virado do avesso, pelo voto de silêncio a que se tinha remetido, de não escrever uma linha que fosse, sobre o passado em África, mas a vontade e a nostalgia de partilhar factos e memórias dos nossos vinte anos, foram mais fortes e apelativos, cedendo a narrativa de algumas “estórias” do nosso quotidiano lá no município dos Bundas, evocando para a quebra da promessa, o velho ditado popular “nunca digas nunca” que nós aplaudimos com veemência na esperança de aqui comungarmos de outras passagens gloriosas que sabemos existir no baú das tuas memórias.
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Parreira e Duarte, dois candidatos...!!! |
Sobre o deflector milagroso, nada a dizer, não me lembro, mas também não me é estranho, nunca dei um tiro sentado no patim dum zingarelho, se calhar por nunca me terem desafiado, tenho a certeza do que asseveras, quando dizes que foste de longe o homem que mais caçou lá nas alturas, com o argumento de que a escolha se devia aquela, mas não só, prodigiosa invenção belicista de protecção da tinta e dos cromados da aeronave. Não eras o melhor atirador conforme confessas mas tinhas outros atributos, que disfarçavam o chumbo do arco cego
Os pilotos que iniciaram este intercâmbio nos fins de 72, se não estou errado foram o Coutinho e o Ribeiro da Silva, que decerto conheceste e fizeste amizade quando estiveste colocado no Batalhão e dai o normal convite para os acompanhares a caçar, bastava uma simples mensagem para o posto de transmissões na Colina do Nengo.
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Dias Monteiro um candidato...!! |
A maioria das vezes acontecia quando algum helicóptero fazia ou simulava testes de voo, depois das operações de manutenção, não era fácil levantar sem autorização do Cmdt do sector, mas os “Pilavs” arriscavam uma rapidinha ao Nengo acompanhados dos mecânicos que normalmente ficavam em terra para dar boleia ao atirador e à caça abatida, faziam uma ou duas sortidas de dez minutos na envolvente das chanas e raramente chegavam vazios. De realçar a disponibilidade e camaradagem que sempre existiu com o pessoal do bivaque, que testemunham as muitas reuniões gastronómicas no hangar da AM44, em que participamos ao longo da nossa estadia nas terras do fim do mundo.
Adeus até ao meu regresso
Olá amigos, sou o Ribeiro da Silva. Estive efectivamente em Gago Coutinho e convivi convosco. Lembro-me perfeitamente dos Panteras Negras. Dos nomes honestamente já não. Entretanto haverá alguma confusão já que eu voava T-6 e DO 27. Não voei hélis. O Coutinho é do meu curso, voava os mesmos aviões que eu e também esteve por lá várias vezes ao mesmo tempo que eu. Vive no Brasil. Um grande abraço para todos vós. Ribeiro da Silva
ResponderEliminarAmigo Ribeiro da Silva é possivel que haja alguma confusão de pormenor,sobre quem voava em em T6/DO e hélis já lá vão quase quarenta anos. Nos dois anos passados em GC conhecemos muita gente da FAP, fizemos algumas patuscadas de caça no hangar com muitos de vós,(o Coutinho, Holstein, Moutinho, Ribeiro da Silva, Meneses, Anastásio, Arroja, Teixeira, Fontes, Lima), que "recordo" porque tenho o meu correio de àfrica todo, e tinha por hábito, mencionar os amigos das paródias de então, mesmo aqueles ocasionais.
ResponderEliminarPara todo o pessoal da FAP que esteve naquela época em GC um grande abraço dos "panteras negras".
António Carvalho
Em 67 estive em Gago Coutinho mas só voei de boleia em DO27 e T6. Cheguei a fazer um bombardeamento no zona do Ninda ou Muie.
ResponderEliminarEm 67 estive em Gago Coutinho mas só voei de boleia em DO27 e T6. Cheguei a fazer um bombardeamento no zona do Ninda ou Muie.
ResponderEliminarAlmeida Santos fizeste parte de que Companhia ou Batalhão, onde estivestes sediado...Abraço
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