Apesar de há poucos dias ter passado por aqui, peço-vos que tenham um pouco de paciência para aturar-me por mais um pouco!...
Neste momento a minha aparição deve-se à época que presentemente decorre e que é, como é evidente, o início do novo Ano de 2010, que mal começou a sua existência e, como é da praxe, costumam ser apresentados aos amigos, parentes e afins, os tradicionais votos de Feliz Ano Novo!...
Quero cumprir essas tradições, mas para já, não neste momento, pois reservo para o fim deste texto, a satisfação dessa obrigação.
Nesta altura, a minha primordial intenção é reviver e recordar tempos passados, em especial o fim de ano de há 35 anos!...Sim!...Precisamente esse em que, decerto, estão a pensar tal como eu!... O de 73/74, que consta na epígrafe deste “post” e que me leva a parafrasear o poeta Augusto Gil, na sua “Balada da Neve” em que diz, ao ver a neve a cair, através da vidraça da sua janela: “E que saudades, Deus meu!...”
Mas digo já, para não dar lugar a eventuais equívocos, que as saudades que sinto daquela era, não é dos sacrifícios que nos custavam o deixar para trás, família, lar, comodidades das nossas casas e tudo o mais, que seria supérfluo enumerar aqui e agora!...Saudades sim, da camaradagem, da juventude que se afastou a passos largos, da saúde que nessa altura era de “ferro” e que, talvez, por isso mesmo, tenha dado origem à actual “ferrugem” que, de um modo geral, afecta quase todos aqueles que, como eu e vós, viveram e passaram por aquelas “aventuras”. Mas, enfim, o passado já lá vai e não compensa pensar naquilo que mais nos afectou, de uma maneira ou de outra.
Assim vamos para o lado mais alegre desses conturbados tempos e recordar, sim, pois diz o velho e sábio adágio popular que “Recordar é viver” e, sendo assim vivamos pois, recordando episódios inesquecíveis ocorridos naquele Fim de Ano.
Estou e recordar-me de certo camarada, conterrâneo meu, que como quase todos nós, se encontrava num tal estado de “euforia”, que cantava a plenos pulmões que, por acaso, eram bem fortes e arrisco a dizer que, naquela época eram, certamente, mais fortes do que serão hoje. E então, esse meu compatrício, cantava uma canção que, ainda hoje, recordo como se a ouvisse ontem e que era assim:
O Ano Novo,
Surpresa é
E ninguém adivinha!...
É como o ovo,
Pode ser galo,
Pode ser galinha!...
E foi este refrão repetido continuamente durante toda a noite, até que se foi deitar já em madrugada avançada.
Que me desculpe o cantor daquela época por revelar, aqui e agora, o seu nome, uma vez que não estou fazendo denúncia de um acto privado e sim de um acto público e que nada tem que o envergonhe ou lhe cause qualquer prejuízo seja de que ordem for!... Aqui vai a revelação da misteriosa personagem: O cantor era, e é ainda hoje o nosso comum camarada e meu compatrício João Moniz Medeiros que, apesar de vivermos numa pequena ilha, poucos contactos tenho tido com ele!... Desde que saímos dos longínquos recônditos do Leste de Angola, apenas nos encontrámos umas três vezes, a última das quais, nas proximidades da minha residência, na freguesia de Ribeira Seca, conjuntamente com o Camarada Soares. Espero que não fique de mal comigo por esta inócua revelação.
Este já vai longo e, por isso, vou terminar e, agora sim, vou apresentar a todos os Colaboradores deste Blogue, todos os Camaradas “Panteras Negras” e familiares, assim como aos seus eventuais visitantes, os melhores desejos de que o “recém-nascido” Ano de 2010, seja bem melhor que o “falecido”, “enterrado” e de “má memória”, em alguns aspectos, Ano de 2009 e que seja repleto das maiores prosperidades, com muita saúde e paz.
Para todos, vai ainda um grande abraço do Camarada.
Botelho
Neste momento a minha aparição deve-se à época que presentemente decorre e que é, como é evidente, o início do novo Ano de 2010, que mal começou a sua existência e, como é da praxe, costumam ser apresentados aos amigos, parentes e afins, os tradicionais votos de Feliz Ano Novo!...
Quero cumprir essas tradições, mas para já, não neste momento, pois reservo para o fim deste texto, a satisfação dessa obrigação.
Nesta altura, a minha primordial intenção é reviver e recordar tempos passados, em especial o fim de ano de há 35 anos!...Sim!...Precisamente esse em que, decerto, estão a pensar tal como eu!... O de 73/74, que consta na epígrafe deste “post” e que me leva a parafrasear o poeta Augusto Gil, na sua “Balada da Neve” em que diz, ao ver a neve a cair, através da vidraça da sua janela: “E que saudades, Deus meu!...”
Mas digo já, para não dar lugar a eventuais equívocos, que as saudades que sinto daquela era, não é dos sacrifícios que nos custavam o deixar para trás, família, lar, comodidades das nossas casas e tudo o mais, que seria supérfluo enumerar aqui e agora!...Saudades sim, da camaradagem, da juventude que se afastou a passos largos, da saúde que nessa altura era de “ferro” e que, talvez, por isso mesmo, tenha dado origem à actual “ferrugem” que, de um modo geral, afecta quase todos aqueles que, como eu e vós, viveram e passaram por aquelas “aventuras”. Mas, enfim, o passado já lá vai e não compensa pensar naquilo que mais nos afectou, de uma maneira ou de outra.
Assim vamos para o lado mais alegre desses conturbados tempos e recordar, sim, pois diz o velho e sábio adágio popular que “Recordar é viver” e, sendo assim vivamos pois, recordando episódios inesquecíveis ocorridos naquele Fim de Ano.
Estou e recordar-me de certo camarada, conterrâneo meu, que como quase todos nós, se encontrava num tal estado de “euforia”, que cantava a plenos pulmões que, por acaso, eram bem fortes e arrisco a dizer que, naquela época eram, certamente, mais fortes do que serão hoje. E então, esse meu compatrício, cantava uma canção que, ainda hoje, recordo como se a ouvisse ontem e que era assim:
O Ano Novo,
Surpresa é
E ninguém adivinha!...
É como o ovo,
Pode ser galo,
Pode ser galinha!...
E foi este refrão repetido continuamente durante toda a noite, até que se foi deitar já em madrugada avançada.
Que me desculpe o cantor daquela época por revelar, aqui e agora, o seu nome, uma vez que não estou fazendo denúncia de um acto privado e sim de um acto público e que nada tem que o envergonhe ou lhe cause qualquer prejuízo seja de que ordem for!... Aqui vai a revelação da misteriosa personagem: O cantor era, e é ainda hoje o nosso comum camarada e meu compatrício João Moniz Medeiros que, apesar de vivermos numa pequena ilha, poucos contactos tenho tido com ele!... Desde que saímos dos longínquos recônditos do Leste de Angola, apenas nos encontrámos umas três vezes, a última das quais, nas proximidades da minha residência, na freguesia de Ribeira Seca, conjuntamente com o Camarada Soares. Espero que não fique de mal comigo por esta inócua revelação.
Este já vai longo e, por isso, vou terminar e, agora sim, vou apresentar a todos os Colaboradores deste Blogue, todos os Camaradas “Panteras Negras” e familiares, assim como aos seus eventuais visitantes, os melhores desejos de que o “recém-nascido” Ano de 2010, seja bem melhor que o “falecido”, “enterrado” e de “má memória”, em alguns aspectos, Ano de 2009 e que seja repleto das maiores prosperidades, com muita saúde e paz.
Para todos, vai ainda um grande abraço do Camarada.
Botelho
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