No inicio dos anos setenta foi aprovada a construção da “Grande Via do Leste”, envolvente da ZMLeste, ligando Malange, Andulo, Silva Porto, Chitembo, Serpa Pinto, Cuito Cuanavale, Mavinga, Neriquinha, Gago Coutinho, Luso, Dala, Henrique de Carvalho, Veríssimo Sarmento e Portugália, numa extensão de 1 800 km. A par deste itinerário delinearam se três penetrantes principais.
Na Lunda, foi traçada uma delas passando por Henrique de Carvalho, Muriege, Nova Chaves e Cassai, à volta de 300 km, fazendo a aproximação a Teixeira de Sousa, onde esta penetrante se encontraria com outras duas grandes vias que eram o rio Cassai e o Caminho de Ferro de Benguela.
No Moxico, o itinerário Silva Porto, Cangamba, Sessa, Gago Coutinho (700 km), iria rasgar todo o Distrito e seria complementado para o“saliente do Cazombo” por dois itinerários. No Cuando Cubango seria construída a “Via do Cubango”, por Serpa Pinto, Caiundo, Cuangar, Dirico, Mucusso (outros 700 km); a “Via do Cuito”, por Longa, Baixo Longa e Dirico (470 km) e a “Via do Cuando”, por Neriquinha, Rivungo e Luiana (260 km).
Eram 4 000 km previstos de estradas asfaltadas, representando um investimento à época de cerca de 4 milhões de contos. Além deste conjunto o Comando da Zona, com o emprego da Engenharia Militar, procedia à abertura de duas estradas com interesse táctico: Alto Chicapa Cangumbe (120 km) e Umpulo Mumbué (140 km) que acompanhavam a orla anterior da Zona de Guerrilha no Distrito do Bié. Em 1973 estavam a trabalhar no Leste e nestas estradas cinco firmas empreiteiras com a capacidade para a construção total, anual, de 700 km de estradas asfaltadas. Tinham sido concluídas as estradas asfaltadas: Dala Luso, Lucusse Gago Coutinho Ninda e Silva Porto Serpa Pinto.
Uma malha de pistas de aviação, consolidadas, servia a ZMLeste, desde o saliente do Cazombo, Gago Coutinho, Mavinga e mesmo Luiana, no canto SE do território.
in Revista Militar
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