Leonel Lourenço dos Santos, Sold. Cond, nº 471/61, natural de Marteleira - Lourinhã, mobilizado pelo BC10 no BCAÇ.262/CCaç.268 para RMA, faleceu por afogamento na ZML em 10/08/63, sepultado em G.Coutinho no Talhão Militar, campa nº2.
João António Duro, Sold. At, nº 020677/65, natural de Aguieiras - Mirandela, mobilizado pelo RAC no BART.1864/CArt.1453 para RMA, faleceu em acidente na ZML em 07/03/66, sepultado em G.Coutinho no Talhão Militar, campa nº8A.
Manuel Amaral Costa, 1º Cabo At. Inf, nº 016063/65, natural de Calhetas – Ribeira Grande, Açores, mobilizado pelo BII 18 na CCaç.1521 para RMA, morto em combate na ZML em 11/11/66, sepultado em G.Coutinho no Talhão Militar, campa nº??
João Ferreira Ganhadeiro, Sold. At, nº 069953/65, natural de Povoação – S. Miguel, Açores, mobilizado pelo BII 18 na CCaç.1521 para RMA, morto em combate na ZML em 11/11/66, sepultado em G.Coutinho no Talhão Militar, campa nº??
Manuel José Ferreira, 1º Cabo At. Inf, nº 504/65, natural de Chavões-Tabuaço, mobilizado pelo RAC no BART.1864/CArt.1453 para RMA, morto em combate na ZML em 17/11/66, sepultado em G.Coutinho no Talhão Militar, campa nº??.
Jacinto Vaz Leda, Sold. Cir, nº 2184/64, natural de Tourém-Montalegre, mobilizado pelo RAC no BART.1864/CArt.1453 para RMA, morto em combate na ZML em 17/11/66, sepultado em G.Coutinho no Talhão Militar, campa nº??.
Francisco José Garcia, Sold. Cond, nº 137527/65, natural de Lagoaça - Freixo de Espada à Cinta, mobilizado pelo RAP2 na CArt.792 para RMA, morto em combate na ZML em 17/01/67, sepultado em G.Coutinho no Talhão Militar, campa nº9.
António A.S. Ferreira Cunha, Sold. At, nº 559/65, natural de Celorico de Basto, mobilizado pelo RAC no BART.1864/CArt.1453 para RMA, morto em combate na ZML em 21/01/67, sepultado em G.Coutinho no Talhão Militar, campa nº12.
Joaquim Ferreira Lima, Sold. Ap. Mort, nº 020454/64, natural de Monteiras, Castro Daire, mobilizado pelo RI 5 no Pel.Mort.1034, CArt.1454 para RMA, morto em combate na ZML em 23/01/67, sepultado em G.Coutinho no Talhão Militar, campa nº10.
Aníbal Esteves Macedo, 1º Cabo Ap. Mort, nº 52962/65, natural do Campo, Valongo, mobilizado pelo RI 5 no Pel.Mort.1034/CArt.1454 para RMA, morto em combate na ZML em 23/01/67, sepultado em G.Coutinho no Talhão Militar, campa nº11.
Clementino do Rosário António, 1º Cabo At, nº012336/67, natural de Ladeirinha-Figueiredo, Sertã, mobilizado pelo RI2 no BCAÇ.1920/CCaç1720 para RMA, morto em combate na ZML em 28/06/68, sepultado em G.Coutinho no Talhão Militar, campa nº 13-2
Foram Jovens como nós que fizeram a viagem da sua vida, uma viagem épica, sem regresso prometido, arrancados abruptamente ao seio das famílias, jovens que na idade dos sonhos, deram o seu melhor, em defesa da Pátria, que com honra e sangue um dia, juraram defender. A gratidão e o apreço devido, por aqueles que todos os dias, exaltavam o dever patriótico na defesa da coesão nacional, foi o desrespeito pelas famílias, a ofensa e a injustiça de deixar ao abandono em terras de além, os melhores filhos, a quem a nação nada deu, mas em sua causa, com valentia e generosidade, sacrificaram a própria vida.
Ao Estado delegaram a responsabilidade de nos levar e trazer vivos..!! Vergonhosamente os mortos, ficavam ao encargo das famílias, não bastava o desgosto, como ainda o pesado fardo que eram obrigados a suportar, depositando uma razoável quantia em dinheiro, para custear a sua transladação, e muitas sentiram na carne a dor e angustia de não poderem resgatar o Pai, o Irmão ou o Filho, como estes heróis, sepultados na antiga vila de Gago Coutinho, na década de 60, desprezados e abandonados, decerto oriundos de agregados sem voz, carenciados e desprotegidos, que não mereciam ser deserdados da terra mãe, que os viu nascer.
Digo desprezados, pois não me lembro, porque nunca houve no 10 de Junho, em dia de finados ou em outra qualquer data de referência, uma simples romagem em sua memória, um qualquer acto de homenagem, exaltação ou louvor de gratidão para com estes camaradas, nunca tivemos conhecimento, nem da autoridade civil, nem da militar, da existência do Talhão Militar no cemitério local, soubemos á pouco tempo e não compreendemos, os silêncios e a ocultação deste facto, ao longo de vinte e oito meses de permanência em Lumbala Nguimbo (antiga vila Gago Coutinho).
Adeus até ao meu regresso
""Sabes...tenho vergonha de mim que faço parte de um povo que não reconheço, que enveredou por caminhos que eu não quis percorrer... Eu tenho vergonha da minha falta de força, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir, pois amo, amo este nosso solo pátrio, vibro ao ouvir o nosso Hino e jamais usei a Nossa Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar o meu corpo nas espectaculosas manifestações de nacionalidade.
ResponderEliminarAo lado da vergonha de mim, tenho pena, tanta pena de ti, "povo português", de tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se poderes nas mãos de quem não o sabe utilizar. Desanimo por ver a hipocrisia das Instituições rirem-se da honra e divorciarem-se dos seus mais elementares deveres - honrarem os seus, filhos, aqueles que verteram a sua vida pela Pátria...""
Mas tenho orgulho desmedido ao ver que tu, meu AMIGO, neste 10 de Junho, Dia de Portugal, te lembraste de homenagear, porque mais não podes fazer, os nossos camaradas, cujos restos mortais, foram esquecidos nas "Terras do Fim do Mundo",terra essa, que nós tão bem conhecemos.
PARABÉNS CARVALHO
Camarada e Amigo Carvalho:
ResponderEliminarA Pátria, que todos nós amamos e a que nos orgulhamos de pertencer, não merece o epíteto de "Madrasta", uma vez que é uma entidade real mas "imaterial", personalizada não individual, mas colectivamente e, por isso, poderá dizer-se "inimputável" do crime de esquecimento dos seus "filhos", caídos no cumprimento do seu Juramento de defender a sua integridade, mesmo com o "sacrifício da própria vida". Eles cumpriram a sua parte do "acordo", mas como é evidente, "alguém" não cumpriu a sua parte, conforme prometeu, dizendo-lhes: "A Pátria honrai que a Pátria vos contempla". Continuo, por isso, a dizer: "Não deve ser assacado à Pátria o apodo de "madrasta", pois como disse Ela não é responsável pelo triste abandono dos seus 11(onze)Filhos, nas remotas plagas do Leste de Angola, em Lumbala N'Guimbo, ex-Vila de Gago Coutinho, por eles calcorriadas no cumprimento do seu dever, com a culminância de terem pago o tributo máximo que se pode pagar à Pátria: o de Sangue, o da própria vida!...
Culpados disso?!...Há-os, sim!...E esses são os governantes e os legisladores que são quem, em suma, cometeu e comete, ainda hoje, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, a afronta de esquecer aqueles que, pela Pátria hoje celebrada, ofereceram o máximo que se podia dar: A Vida!...
E, como estes, quantos mais não haverão no vasto campo de batalha de quatro frentes que foram as ex-colónias portuguesas: Guiné, Angola, Moçambique, India e Timor!...
A todos eles, a nossa sentida homenagem e lembrança neste dia de Portugal, de Camões e das Comunidades!...
Para o autor do "post", o comentador, colaboradores do Blogue e camaradas Panteras Negras em geral, as mais cordiais saudações do Camarada e Amigo,
Botelho
Eu soldado alfredo era do p.a.d 2285 os diferentes eu pertencia a equipa de soldadora pois quero vos disere que xeguei a ire ao cimiterio levantare algos camaradas e com muita magoa digo que me onrro de o faser pois com pena fiqei de nao os mandare a todos para a metropele pois estou a respondere alguns comentarios, feitos pelo camaradas da carte 3514 alem de elogiare o camarada carvanho por tudo que tem feito na nete ao relembrare passagem, que todos nos tivemos por aquelas terras. um abraço para todos os camaradas do p.a.d e da carte 3514 panteras negras
ResponderEliminarAfixado por: alfredo do porto em junho 28, 2010 03:34 PM
Dario Brandão. Furriel Miliciano na CCS do BCAÇ 1920. Estivemos em Angola de Julho de 1967 a Setembro de 1969. Durante 16 meses metido no arame farpado de Gago Coutinho.
ResponderEliminarVamos agora estar mais uma vez juntos, os que ainda podem, no dia 20 de Outubro, em Águeda, em Almoço-Convívio.
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