AGRICULTURA – Esperam colher mais de 14 mil toneladas.
Os camponeses do município dos Bundas, província do Moxico, esperam colher na presente época agrícola 2012/2013, mais de 14 mil toneladas de produtos diversos, anunciou hoje, terça-feira, em Lumbala-Nguimbo, o chefe local da secção da agricultura, Kanhica Lastony. Em declarações à Angop, o responsável explicou que dos produtos a serem colhidos se destacam, 95.840 toneladas de milho, 14 de feijão, 29 de mandioca, 66 de batata-doce e 53 de amendoim. Explicou que este ano, 700 camponeses da circunscrição distribuídos em três associações e uma cooperativa, prepararam um total de 3.209 hectares de terra para as lavouras. Enalteceu o empenho do governo provincial na distribuição de instrumentos agrícolas como catanas, enxadas, alfaias e sementes diversas, o que facilita o exercício das actividades dos camponeses e, o consequente, aumento dos níveis de produtividade em prol do combate à fome e à pobreza. Ao informar que anualmente são colhidos grandes quantidades de produtos agrícolas, fruto do envolvimento sério dos agricultores e da boa fertilidade dos solos da região, lamentou a falta de meios de transportes para evacuação dos produtos do campo para os principais centros comerciais, acabando por se deteriorarem. Quanto ao cultivo de arroz, referiu que sua a produção ainda é muito baixa, alegando a seca que assolou o município durante o mês de Janeiro último, bem como uma doença desconhecida que afectou a plantação de tomate. Nos Bundas, em 2011, o sector da agricultura colheu mais de 209.000 toneladas de milho, feijão, mandioca, batata-doce e 2.123 de arroz, cujo produto teve como destino a cidade do Luena e as vizinhas Repúblicas da Zâmbia e Congo Democrático (RDC).
SAÚDE – Hospital necessita de médicos de especialidades.
Pelo menos quatro médicos especializados em cirurgia, ortopedia, medicina e ginecologia são necessários no Hospital Municipal dos Bundas, província do Moxico, para atender os pacientes que afluem a essa unidade sanitária, disse hoje o seu administrador, Marvão César. Em declarações à Angop, argumentou que dada a extensão geográfica e por fazer fronteira com a República da Zâmbia, o município necessita igualmente de 425 enfermeiros para se juntarem aos 95 existentes, para garantir uma assistência médica e medicamentosa adequada aos populares. Com uma população estimada em mais de 60.000 habitantes, o município não dispõe de médicos de especialidades e os pacientes em estado grave são transferidos para a cidade do Luena, o que muitas vezes faz com que alguns doentes acabem de morrer durante o percurso. Apontou que de Janeiro até a presente data o centro hospitalar, com uma capacidade para internar 50 pacientes, registou nove óbitos por malária, dos oito mil pacientes que realizaram consultas diversas. A malária, as doenças diarreicas agudas e de transmissão sexual (ITS), bronquite são, entre outras, enfermidades que mais foram registadas no mesmo período no referido hospital que atendeu uma média de 120 pacientes. No período em balanço, segundo o administrador, foram diagnosticados 11 casos positivos de VIH/Sida, no Centro de Aconselhamento e Testagem Voluntária (CATV), dos mais de 100 pessoas que ocorreram à instituição humanitária.
EDUCAÇÃO – O Município carece de professores e salas de aula.
Cento e 50 novos professores e 50 salas de aula são necessários, no município dos Bundas, província do Moxico, para ministrarem aulas aos mais de sete mil alunos fora do sistema de ensino, informou hoje o chefe de Repartição da Educação, André Katongo. Falando à Angop, o responsável, que reconheceu a existência de 38 salas de aula erguidas durante os dez anos da paz e a colocação de 124 professores do ensino de base, considerou insuficientes, tendo em conta o crescimento demográfico e a explosão escolar registado no município no mesmo período. Lembrou que em 2012 foram matriculados mais de 17 mil alunos do ensino primário ao I ciclo, dos quais sete mil ficaram fora do sistema normal de educação, por insuficiência de salas de aula e professores. Na ocasião, solicitou a direcção provincial do seu sector para abranger o programa merenda escolar àquela circunscrição, visando cativar os alunos a afluírem à escola para um contínuo melhoramento da qualidade de aprendizagem.
AngolaPress
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