De César Correia

Homenagem aos "pioneiros" do NENGO ...! Furriel António Manuel de Melo Soares 2º Pelotão, António Manuel Nunes de Matos 3º Pelotão, David Ramos Vaz 1º Pelotão e César Pereira Correia do 2º Pelotão. Assim deixaram estes destemidos "artistas armados de colher e talocha" a companhia e a segurança nos seus grupos, para formar uma equipa de construção e obras ao "aceitarem" a mudança, para a colina do rio Nengo, com um mínimo de segurança a fim de iniciar os trabalhos de terraplanagem e construção das infraestruturas do futuro quartel "general" da Cart.3514 á beira da picada entre Gago Coutinho e Ninda, obra a que nos dedicámos com muito empenho e orgulho ao longo de alguns meses. Chegámos ao inicio da tarde, montámos a tenda cónica arrumamos os nossos haveres e começamos a delimitar e marcar a área do terreno, onde seria erguido o novo destacamento. Chegou a noite com quatro trolhas ao Deus dará, sozinhos e enrascados, mas por precaução o nosso furriel montou uma estratégia, não deveríamos pernoitar no aconchego da tenda montada para o efeito, mas sim junto ás máquinas, pois fora dela estaríamos em melhores condições de segurança..!! Bem pensado..! Só que o Matos tinha comprado uma garrafa de aguardente bagaceira Aliança, para festejar o primeiro aniversário do seu filho, que por mero acaso coincidiu com este dia. Por acordo de três dos camaradas presentes, «porque o Soares não bebia bagaço» combinámos abrir a famosa garrafa depois do jantar, para um tchim tchim em honra do garoto, e pronto, iniciámos o tradicional bota abaixo, conversa puxa bagaço, bagaço puxa conversa, ora agora botas tu, ora agora bebo eu... Os turnos de quarto de sentinela delineados pelo Soares, foram-se alongando a três sentinelas, «a três não a quatro porque o Soares não bebeu, mas também não dormiu», ficou de olho aberto, não fosse a rapaziada encostar á berma com a junta da cabeça queimada ou falta de combustível. Nós bebíamos e o bagaço falava e não se calava e o Soares madrugada dentro rogava, por Amor de Deus calem-se por favor, a chegada da aurora da manhã, dissipou os fantasmas daquela maldita noite passada em branco e que teimava em não acabar, a chegada dos nossos camaradas e dos trabalhadores da Tecnil, para iniciar a terra-planagem vieram pôr um ponto final neste suplício nocturno. Ufa, Ufa que alívio...!
Um abraço a todos
Um abraço a todos
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