Na imagem uma Gunga macho (o maior antílope de África) carregado num Unimog 404, em frente ao kimbo dos metralhas, com os camaradas: Carmo no volante , Gonçalves, Pimenta, Guerreiro e o Careca de tacho na mão a caminho do rio para lhe despirem a pele.
Destacamento do Nengo - Quem porventura visita o nosso blog, há-de pensar que afinal a nossa comissão não passou de uma aventura tipo safari, não foi de facto assim, tivemos que nos adaptar ás circunstâncias e aproveitar o que de bom e útil encontrávamos no terreno, como devem calcular, à trinta e tal anos as condições logísticas não eram fáceis, estávamos desterrados a mais de 400 kms da capital do Moxico de onde provinham semanalmente as provisões alimentares, transportadas em colunas auto por picadas muitas vezes intransitáveis, devido ás chuvas, lama, areia, avarias, imprevistos como minas e emboscadas, o mau acondicionamento e o calor muitas vezes detioravam os frescos tais como, legumes e carne, a solução para remediar era procurar caça para comer, correndo riscos, pois sair de noite numa viatura com uma dezena de homens de holofote em punho, éramos um alvo fácil, facilmente passávamos de caçadores a presas.
Mas esta Gunga macho com 1 tonelada de peso, foi abatida pela manhã (Todas as gungas que caçámos fora abatidas á luz do dia) quando atravessava a picada, pelo nosso pessoal que se deslocava para a sede da companhia no Nengo, onde se vinham abastecer todos os dias de mantimentos, eram cerca de dez homens, e o caricato da situação é que não conseguiram carregá-la para cima da berliett de forma alguma, tendo recorrido ao cabo do guincho da viatura, para a rebocar por arrasto picada fora durante vários kms até ao Nengo.
Gostaria muito de citar aqui os camaradas que abateram este troféu mas não me recordo, foi á muito tempo. O camarada Diogo o nosso vague-mestre da companhia, é que ficava sempre contente com o depósito de géneros a abarrotar com tanta carne...!
Adeus até ao meu regresso
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